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Tudo o que rolou no terceiro e quarto dia do SPFW

O útimo dia da SPFW foi marcado com desfiles das marcas JahnKoy, Samuel Cirnansck, Coven, Helo Rocha, Juliana Jabour, Apartamento 03, Reserva e Ratier.

Jahnkoy fez sua apresentação na Bienal com capoeiristas que esquentavam o desfile e que foi marcado pela sustentabilidade. Teve look com estampa “1,99”, para quem não sabe, Jahnkoy critica isso. Seu desfile foi uma referência a Ásia Central, África e América do Sul. Teve peça esportiva com trabalhos de bordados a mão, artesanatos, plumas, amarrações e muitos brilhos. Vale lembrar, que Maria Kazakova, líder da marca, fou mas das oito finalistas ao prêmio LVMH Prize no começo do ano.

Samuel Cirnasck fez sua apresentação na sede do e-commerce Mercado Livre. Muito conhecido pela moda festa e noivas luxuosas, seu desfile foi marcado pela mistura de um jeanswear com a moda festa. Peças de jeans mesclados com telas de renda e pedraria, peças de jacquard com moletom, vestidos bordados se misturam com streetwear, jeans “destruídos” com bordados bem elaborados, vestidos e calças de moletom com ornamentos e trabalhos artesanais. A mistura da costura alta com o casual definiram o artista nesse desfile.

A Coven trouxe para o desfile, a inspiração na cultura e simbolismo africano. O desfile trouxe muita linha e tecidos planos, camisões que quando fechados, viravam vestidos. Listras e xadrez em estampas nos vestidos e saias, o linho teve um caimento suave com franjas e ráfia sintética com pedras naturais. As peças tinham tons quentes como amarelo e laranja e contrastavam com tons frios como o verde e o rosa.

Helo Rocha focou em lingeries para seu desfile. Peças inspiradas em lingeries vitorianas com bordados de plantas tropicais, tudo feito por bordadeiras de Timbaúba dos Batista, no interior do Rio Grande do Norte. Corseletes, bodies e camisolas feitos com técnicas de cestaria e renda, junto a tecidos leves e esvoaçantes. Plissados, babados, golas, mangas bufantes e franzidos decoraram as peças, tudo bem típico da era vitoriana. Helo trouxe cores em tons cosméticos, que são suaves e sofisticados.

Com tema náutico, Juliana Jabour apresentou sua coleção. O desfile trouxe mangas arredondas e grandes, misturou calças amplas de cintura baixa com moletons cropped de capuz, babados e transparência. Ela trouxe macacões estilo motoqueiro, bermudas de boxe e moletom oversized, tudo criando um mix romântico.

Luiz Claudio da Apartamento 03 contou a história de uma mulher forte, chamada Lota. Paisagista, urbanista e arquiteta, ela foi responsável pela criação do Aterro do Flamengo. Na parte final do projeto, ela teve quer ser afastada por questões políticas. Lota ia para o aterro de calça jeans, coisa praticamente impossível para mulheres da época dela, e as pessoas achavam que o aterro era uma obra completa de Burle Max e não de uma mulher, gay. O desfile veio com casacos, camisas, trench coats, calças clochard e vestidos amplos, tudo inspirado em construções geométricos e o amarelo reinou, mas apareceu também cores como o branco, azul e verde com preto em algumas peças. O desfile teve também, estampas de tabuleiro.

Reserva se inspirou no personagem Wally, viajante e muito conhecido pelas roupas listradas de vermelho e branco. A coleção veio com calças retas, bermudas, camisetas, jaquetas e T-shirts, que se destacaram com sobreposições e com costuras feitas à mão. O desfile também teve lenços, cintos, óculos, meias, pochetes, colares e bonés, tudo lembrando o estilo mochileiro.

A Ratier encerrou o quinto dia dos desfiles com o assunto sustentabilidade e trouxe peças bem soltas, algumas assimétricas, como suéteres, t-shirts, calças e jaquetas. Vestidos de mini a médio, shorts, top cropped estavam mais ajustados ao corpo e ressaltavam os cortes, efeitos de manchas, recortes que combinavam muito bem com partes lisas ou estampadas. As peças eram monocromáticas de algodão, moletom, couro e acetinado, e as cores mais neutras, como preto, branco e acinzentado.

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