O mês de maio também é conhecido como maio vermelho e foi criado para alertar a população contra os perigos que a hepatite pode acarretar na vida. Trata-se de uma doença muitas vezes silenciosa e que geralmente não apresenta sintomas até atingir maior gravidade.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos comum no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.
A hepatite A é causada pelo vírus A da hepatite e é transmitida por via oral-fecal de uma pessoa infectada para outra saudável, consumo de água e alimentos contaminados. O vírus pode sobreviver por até quatro horas na pele das mãos e dos dedos. A incidência da hepatite A é maior nos locais em que o saneamento básico é deficiente ou não existe. Uma vez infectada, a pessoa desenvolve imunidade contra VHA por toda a vida. Ela pode ser sintomática ou assintomática. Durante o período de incubação, que leva em média de duas a seis semanas, os sintomas não se manifestam, mas a pessoa infectada já é capaz de transmitir o vírus. O diagnóstico é realizado por exame de sangue.
A hepatite B é causada pelo vírus B da hepatite e é transmitido de uma pessoa para outra em relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada, da mãe infectada para o filho, durante a gestação e o parto, compartilhamento de material para uso de drogas, compartilhamento de materiais de higiene pessoal (como alicate e lâmina de barbear), na confecção de tatuagem e colocação de piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas de biossegurança e por contato próximo de pessoa a pessoa (como saliva, cortes e feridas). O diagnóstico é realizado por exame de sangue específico.
A hepatite C também é causada por vírus e se caracteriza por um processo inflamatório persistente no fígado. Sua transmissão se dá pelo contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos para uso de drogas, reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos, falha de esterilização de equipamentos de manicure, reutilização de material para realização de tatuagem, procedimentos invasivos (ex.: hemodiálise, cirurgias, transfusão) sem os devidos cuidados de biossegurança e o uso de sangue e seus derivados contaminados. Ela não é transmitida pelo leite materno, comida, água ou contato como abraçar, beijar e compartilhar alimentos ou bebidas com uma pessoa infectada. O diagnóstico é realizado dependendo do tipo do vírus e do comprometimento do fígado, assim é necessário a realização de exames específicos.
As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Como nem sempre apresentam sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção fazendo com que a doença evolua por décadas sem o diagnóstico. Essa evolução compromete o fígado, causando fibrose avançada ou cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e à necessidade de transplante do órgão.
A hepatite D, também chamada de Delta, é causada pelo vírus D, mas esse vírus depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa. É transmitido de uma pessoa para outra em relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada, da mãe infectada para o filho, durante a gestação e o parto, compartilhamento de material para uso de drogas, compartilhamento de materiais de higiene pessoal (como alicate e lâmina de barbear), na confecção de tatuagem e colocação de piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos que não atendam às normas de biossegurança e por contato próximo de pessoa a pessoa (como saliva, cortes e feridas).
A hepatite E é uma doença infecciosa viral causada pelo vírus E, mas possui ocorrência rara no Brasil, sendo mais comum na Ásia e África. Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. O diagnóstico é realizado por exame de sangue, no qual se procura por anticorpos anti-HEV.
A hepatite alcoólica é a inflamação do fígado relacionada ao uso abusivo de qualquer bebida alcoólica.
A esteato hepatite, causada pelo acúmulo de gordura no fígado e que pode resultar em um processo inflamatório se não tiver acompanhamento médico.
A hepatite medicamentosa, como o nome diz, causada pelo consumo excessivo de certos tipos de medicamentos que agridem o fígado, causando um processo inflamatório. Isso acontece pela superdosagem de medicamento.
Sintomas mais comuns apresentados nos tipos de hepatite são: dor abdominal; inchaço na barriga; amarelamento da pele (icterícia) e dos olhos; náuseas e vômitos; urina mais escura que o normal; coceira na pele; perda de apetite; mal-estar; fezes esbranquiçadas; fadiga e cansaço.
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